Shapes arquitetônicos e contemporâneos trazem os estudos dos dez anos de marca consolidados em novas texturas e possibilidades de confecção
Formada em arquitetura, a curitibana Heloisa Strobel, criadora da Reptilia, sempre teve como norte do seu trabalho a máxima “forma e função”. Para deixar evidente que essa influência amadureceu ao longo dos dez anos de marca, a estilista transpôs essa herança à sua coleção de estreia no São Paulo Fashion Week, que acontecerá dia 10 de abril, às 21h00 no JK Iguatemi.
A partir de diferentes texturas com matéria-prima essencialmente brasileira, a Reptilia apresentará na passarela ‘‘Indelével’’. Na coleção, o espectador é inserido em uma atmosfera modernista, explorando peças funcionais e ao mesmo tempo escultóricas. Minimalistas e sem ornamentos, elas contam uma história na sua própria estrutura. ‘‘Além desse DNA que vem da arquitetura, nessa coleção estou explorando a passagem do tempo, que é mais do que um tema; é um questionamento pessoal que eu venho trazendo como mulher, como criadora e como empresária no mundo da moda’’, revela Heloisa.
A coleção leva o nome Indelével por abordaraquilo que não desaparece com o tempo, carregando características que são pilares da marca, como atemporalidade e permanência. A influência desses questionamentos avança até a escolha do casting diverso, composto em parte por modelos 40+ como Marina Dias, Neon Cunha e Rosa Saito, que representam uma parte considerável do público da marca
O pensamento aqui é agênero e tem no tecido o seu ponto inicial, possibilitando diferentes intervenções têxteis, em um modus operandi detalhado que segue o formato slow fashion. ‘’Essa coleção apresenta novas bases de tecido, novas modelagens e uma cartela de cores mais ácida, que é novidade para quem nos conhece há tempos. Mas o que vai se revelar de mais imediato são as texturas. Eu mergulhei nelas porque considero que completar uma década de moda autoral no Brasil é uma conquista que ‘marca na pele’. Trouxemos ainda tecidos inovadores que proporcionaram um resultado bem escultórico. Estamos indo mais a fundo nesse traço arquitetural do meu trabalho, e as pessoas vão perceber isso na passarela’’, conta.
Com design voltado para rotinas urbanas, o olhar essencial da marca resulta em diversas possibilidades de modelos versáteis, desmontáveis e multifuncionais. Moda brasileira para o vestir atemporal é como se define a Reptilia. E aqui ela propõe novas peças em 36 looks, além dos clássicos como a jaqueta Anjo – sucesso da marca que sempre tem lista de espera na loja da Mateus Grou.
As composições apresentam um cruzamentode shapes retos e arredondados, muitas golas, recortes, alfaiataria, e até acessórios e aviamentos em diferentes materiais, como metal e resina, assinados por Carlos Penna e Márcio Krakhecke, respectivamente.
A temática, que equilibra rotina e criatividade fashion, crava o desenvolvimento de marca para além de coleções. A Reptilia aterrissa na São Paulo Fashion Week para comemorar sua autoralidade após dez anos de intuição e criatividade postos em prática.
SOBRE A REPTILIA
Conectando processos artesanais e inovações tecnológicas, somos uma marca de bases de redução de impacto e design atemporal. Com peças de resultado minimalista e bastante autoral, as silhuetas contemporâneas, pensadas para além de gêneros, transparecem grande influência da arquitetura modernista, bem como das artes, da fotografia e do minimalismo. Esses recortes se solidificam na experiência na arquitetura da estilista Heloisa Strobel.
Acreditamos em oferecer uma experiência de design e a produção das coleções é confeccionada no atelier próprio da marca, que tem como pilares a produção ética e eco-consciente, seguindo o formato slow fashion. Cada peça Reptilia carrega uma história de criação, pesquisa e busca. Questionamos e refletimos nosso tempo e nossos contrastes.