A nova campanha da Havaianas chegou com uma surpresa que está gerando debate entre fashionistas e consumidores brasileiros. A marca, reconhecida mundialmente como um dos maiores símbolos da cultura nacional, escalou a supermodelo norte-americana Gigi Hadid como estrela de sua nova campanha global. Mas essa escolha faz sentido?
Desde sua criação em 1962, a Havaianas construiu uma identidade enraizada no Brasil, celebrando seu estilo de vida leve, descontraído e tropical. De um item popular entre as classes mais baixas a um acessório de moda desejado internacionalmente, a marca se tornou referência no segmento. No entanto, ao eleger um rosto estrangeiro para representá-la, a Havaianas levanta um questionamento importante: onde fica a valorização da identidade brasileira?

Foto: Reprodução Instagram @gigihadid
A decisão dividiu opiniões, enquanto alguns veem a campanha como uma jogada estratégica para fortalecer a marca no mercado internacional, muitos criticam a ausência de uma modelo brasileira na campanha. Com tantas personalidades nacionais que representam a diversidade e a essência do Brasil, por que não dar destaque a uma delas? O debate reacende uma discussão frequente na moda: até que ponto a globalização deve se sobrepor à valorização das raízes culturais?

Foto: Reprodução Instagram @gigihadid
Nas redes sociais, a repercussão foi instantânea. Há quem elogie a escolha de Gigi Hadid como uma forma de elevar a visibilidade da marca para um público ainda maior, mas também há quem aponte um distanciamento da essência brasileira da Havaianas, questionando se essa escolha não enfraquece a conexão emocional da marca com seus consumidores nacionais e fiéis. Afinal, marcas de luxo como Chanel ou Dior dificilmente substituiriam um rosto que represente a essência de sua origem.
A Havaianas está mirando no mercado internacional, mas será que essa decisão pode afastá-la do público que a consagrou? O debate está lançado.
Por Tina Gasparin